DA SÉRIE: ESPORAS DA VINGANÇA
Não há data melhor para eu me arriscar na minha primeira
crônica da série denominada Esporas da Vingança. Passei anos e anos tentando
achar um título para minha série. Crônicas Galeanas, Esporadas Literárias,
Crônicas Fortes e Vingadoras, Crônicas Alvinegras, etc. foram títulos que
imaginei. Mas ontem pensei nesse título. Pronto, por enquanto é esse.
Não sou Roberto Drummond, estou longe do seu patamar
literário. Minhas musas longe do patamar de Hilda Furacão. Mas minha paixão
pelo clube forte e vingador de Belo Horizonte é o que mais me aproxima desse
amador escritor mineiro, mas ainda assim não no mesmo patamar.
Arrisco a escrever essas crônicas para narrar
ao longo do tempo glórias do presente e do passado do meu time do coração, e
nada melhor para começar a fazer isso quando se comemora dois anos de um
título, que confesso, não imaginava testemunhar em vida. Roberto Drummond não
testemunhou, mas a crônica de Mauro Beting (Libertadores quae sera tamen: Roberto
Drummond acredita – Olimpia 2 x 0 Atlético Mineiro) imaginou o que ele escreveria após a derrota de 2 x 0 no Paraguai.
Não é
milagre, é Atlético Mineiro, repetia o locutor do Sportv. No entanto mais que o
título, o troféu, foi a forma épica, digna de Homero com o qual o Atlético
chegou até a aquele dia 24 de agosto no Mineirão.
Caímos em um
grupo não tão fácil e não tão difícil. Enfrentamos o São Paulo do Rogério Ceni,
o Arsenal, da Argentina, o genérico e teve o The Strongest, na alta La Paz.
Foi até aí
show de bola, vencendo e convencendo e chamando atenção. O melhor da primeira
fase.
No mata-mata
primeiro a gente morria e depois matava. Quem matava por último matava melhor.
Teve o São Paulo de novo. Teve o Cavalo de Tróia denominado Cavalo de Tijuana,
mas o pé milagroso do goleiro Victor foi mais forte que um coice.
Teve o outro
time de Rosário. Lembra a final da Conmebol de 1995, primórdios da Sul
Americana de hoje, em que o Atlético venceu aqui de 4 x 0 e perdeu lá de 4 x 0
lá, perdendo nos pênaltis.
Mas dessa vez
foram os leprosos que enfrentamos, perdemos lá e vencemos aqui com direito a
apagão e tudo.
E a final
contra o Olímpia. Deveriam contar eles com todos os Deuses do Olimpo. Mas a
imagem de Nossa Senhora na camisa do Cuca, e a fé da torcida no Yes, We CAM,
superaram qualquer mito ou mitologia. Foi o imponderável que empurrou a
atacante do Olímpia naquele contra ataque. Sei lá. O Atlético estava pra lá de
Hercúleo naquela Libertadores.
Já se foram
mais duas. Mas e daí. Ano passado foi a Copa do Brasil e esse ano jogamos o
melhor futebol do Brasil.
Ser o último
campeão brasileiro da Libertadores na semana que os colorados, que nos tiraram
dela esse ano na sorte, ou na falta dela dessa vez, saíram diante dos mexicanos,
e ainda estar na liderança do brasileiro, ser o time a ser abatido, é mais que
chique demais.
Um viva para
todos nós atleticanos. Até a próxima vitória.
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