sexta-feira, 24 de julho de 2015

HÁ DOIS ANOS, A GENTE BICAVA A AMÉRICA DO SUL

DA SÉRIE: ESPORAS DA VINGANÇA

Não há data melhor para eu me arriscar na minha primeira crônica da série denominada Esporas da Vingança. Passei anos e anos tentando achar um título para minha série. Crônicas Galeanas, Esporadas Literárias, Crônicas Fortes e Vingadoras, Crônicas Alvinegras, etc. foram títulos que imaginei. Mas ontem pensei nesse título. Pronto, por enquanto é esse.
Não sou Roberto Drummond, estou longe do seu patamar literário. Minhas musas longe do patamar de Hilda Furacão. Mas minha paixão pelo clube forte e vingador de Belo Horizonte é o que mais me aproxima desse amador escritor mineiro, mas ainda assim não no mesmo patamar.
Arrisco a escrever essas crônicas para narrar ao longo do tempo glórias do presente e do passado do meu time do coração, e nada melhor para começar a fazer isso quando se comemora dois anos de um título, que confesso, não imaginava testemunhar em vida. Roberto Drummond não testemunhou, mas a crônica de Mauro Beting     (Libertadores quae sera tamen: Roberto Drummond acredita – Olimpia 2 x 0 Atlético Mineiro) imaginou o que ele escreveria após a derrota de 2 x 0 no Paraguai.

Não é milagre, é Atlético Mineiro, repetia o locutor do Sportv. No entanto mais que o título, o troféu, foi a forma épica, digna de Homero com o qual o Atlético chegou até a aquele dia 24 de agosto no Mineirão. 

Caímos em um grupo não tão fácil e não tão difícil. Enfrentamos o São Paulo do Rogério Ceni, o Arsenal, da Argentina, o genérico e teve o The Strongest, na alta La Paz.

Foi até aí show de bola, vencendo e convencendo e chamando atenção. O melhor da primeira fase.

No mata-mata primeiro a gente morria e depois matava. Quem matava por último matava melhor. Teve o São Paulo de novo. Teve o Cavalo de Tróia denominado Cavalo de Tijuana, mas o pé milagroso do goleiro Victor foi mais forte que um coice.
Teve o outro time de Rosário. Lembra a final da Conmebol de 1995, primórdios da Sul Americana de hoje, em que o Atlético venceu aqui de 4 x 0 e perdeu lá de 4 x 0 lá, perdendo nos pênaltis.
Mas dessa vez foram os leprosos que enfrentamos, perdemos lá e vencemos aqui com direito a apagão e tudo.

E a final contra o Olímpia. Deveriam contar eles com todos os Deuses do Olimpo. Mas a imagem de Nossa Senhora na camisa do Cuca, e a fé da torcida no Yes, We CAM, superaram qualquer mito ou mitologia. Foi o imponderável que empurrou a atacante do Olímpia naquele contra ataque. Sei lá. O Atlético estava pra lá de Hercúleo naquela Libertadores.

Já se foram mais duas. Mas e daí. Ano passado foi a Copa do Brasil e esse ano jogamos o melhor futebol do Brasil.

Ser o último campeão brasileiro da Libertadores na semana que os colorados, que nos tiraram dela esse ano na sorte, ou na falta dela dessa vez, saíram diante dos mexicanos, e ainda estar na liderança do brasileiro, ser o time a ser abatido, é mais que chique demais.


Um viva para todos nós atleticanos. Até a próxima vitória.

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