MEU 2020 NO PROJETO APPARERE – PARTE 1
Compartilho aqui meu 2020 no Projeto Apparere da Editora PerSe. Foi ano que mais estive presente neste projeto. Meus poemas aparecerem em 6 coletâneas. Vou dividir este registro em duas partes com três poemas em cada. Hoje falo das três primeiras participações.
COLETÂNEA: TEMPO PARA O AMOR
Na apresentação da coletânea diz: Nesta Coletânea você encontrará textos que enaltecem o Amor em todas as suas faces, formas e intensidades... Amor Rasgado, Amor que Dói, Amor Doentio, Amor Bandido, Amor Platônico, qualquer tipo de Amor... um tributo ao Amor.
Minha participação foi com um rondel que fala da loucura quando o coração da gente está apaixonado.
EMBRIAGUEZ DE AMOR
Quando eu me embriago de amor
Bailo feliz na noite da rua deserta
Sonho anestesiando a minha dor
O coração é casa de porta aberta.
Mente preguiçosa agora é esperta
E respiro fundo o perfume da flor
Quando eu me embriago de amor
Bailo feliz na noite da rua deserta.
Sigo a alegria seja pr’onde ela for
O cupido mesmo cego me acerta
Acendendo em mim todo fulgor
Então qualquer hora é hora certa
Quando eu me embriago de amor.
COLETÂNEA: MEUS FILHOS, MEU MAIOR TESOURO!
Apresentação da editora PerSe: Nesta Coletânea você encontrará textos sobre a relação Pais e Filhos. Relatos de momentos bons e momentos não tão bons dessa relação, que em geral são mais prazerosas que problemáticas. Quão intensas são essas relações? Encontrará também textos da relação dos filhos de nossos filhos. Esta é uma coletânea com textos em vários estilos: Poesias, Sonetos, Contos, Crônicas, etc.
Participo com um poema que fala de uma mãe que vê no abraço dos seus filhos a única razão para continuar vivendo.
NO ABRAÇO DOS REBENTOS
A vida foi lhe roubando o encanto
A tarde tinge seus olhos de cinza
Não há mais pássaros, nem canto
Nenhum poema a flor lhe inpsira
Ela segue pela estrada
Uma história cansada
Por causa dos seus filhos
É que ela ainda respira.
O mundo nunca lhe deu atenção
Pelas avenidas nunca foi notada
Ela foi perdendo o que era razão
Dizem que sonha quando delira
Estacada no fundo do poço
Sente a corda no pescoço
Por cauda dos seus filhos
É que ela ainda respira.
O tempo foi soterrando seus desejos
Ela mais nada quer além da partida
Olhando em volta ainda vê lampejos
No abraço dos rebentos forte suspira
Ficar ela decide
Amor nela reside
Por cauda dos seus filhos
É que ela inda respira.
COLETÂNEA: A HUMANIDADE PÓS PANDEMIA
Essa é nossa trigésima terceira Coletânea e estamos muito felizes com o sucesso dessa Coletânea, pois temos 133 textos selecionados pela Banca Julgadora; essa quantidade de Obras, bem como a qualidade delas, permitiu que tivéssemos uma Coletânea com diferentes visões de futuro para o período pós pandemia. Sem dúvida é um riquíssimo conteúdo para as futuras gerações entenderem como estava o animo e a esperança nesse período. Esta é uma coletânea com textos em vários estilos: Poesias, Sonetos, Contos, Crônicas, etc..
O poema, que também faz parte do posfácio do meu livro VERSOS INFECTANTES, fala da espera pelo fim da pandemia e de uma humanidade que não aprendeu a lição.
REENCONTROS
Depois que aquele ser for embora
Não sei
Não sou
O homem que vê raios no amanhecer
Mas sei
Mas sou
O poeta que traça certas rotas de fuga.
Após pandemias, restam lembranças
Partidas
Perdas
Quem se foi deixou algo de bom
Momentos
Condimentos
Agridoces para temperar a vida.
Depois que o distanciamento passar
Reencontros
Reencantos
Polindo nossos planos com intenções
Reorientar
Reiniciar
Toda a engrenagem de esmagamentos.
Após ficar em casa e ver ruas vazias
Olhos novos
Velhos corpos
E o que amassa a alma ainda pesa
Velhos medos
Espelhos mudos
E a vaga tentativa de ser diferente.
Em breve teremos a parte 2.