domingo, 31 de julho de 2016

ENXERTIAS 02











T.011
É para mim a tua ação
.......................atuação

T.012
Essa solidão tão maluca
.......................machuca

T.013
Na escola decoro feito mula
..................................fórmula

T.014
Para o amor, a porta eu fecho
...................................desfecho

T.015
Para alcançar, eu remo
..........................extremo

T.016
Pensa no amor, pensa na dor
.................................pensador

T.017
Para não cair nele, eu rezo
.......................desprezo

T.018
Muitas pessoas que não se dão
...................................multidão


T.019
Julgaram-no com problema mental
.....................................sentimental

T.020
Foi acumulando propriedade

...........................prosperidade

TIQUIM ENXERTADO É UM ESTILO POÉTICO CRIADO POR:
CLÁUDIO ANTONIO MENDES & MARLI CALDEIRA

sábado, 30 de julho de 2016

ENXERTIAS I

ENXERTIAS é o título provisório do livro de TIQUINS ENXERTADOS.
Tiquins exertados são poemas minimalistas criados por mim e por Marli Caldeira, criadora do estilo Tiquim.

Postagem de 10 tiquins enxertados compostos recentemente (hoje)

T.001
Tua lágrima me rega
........................entrega

T.002
Ela não voltou depois da ida
...............................perdida

T.003
Preço do sal para o gado
..........................salgado

T.004
Poetizar, bem para a mente
............................experimente

T.005
Teu beijo feito doce de leite
........................................deleite

T.006
Teu esforço a gente sente
...................complacente

T.007
Cor da ideologia nunca velha
..............................vermelha


T.008
Só ficou um risco no espelho
.......................................coelho

T.009
Sempre pôs as cartas na mesa
.......................................firmeza

T.010
Eu conquisto a cada passo
...................................espaço


SOBRE TIQUIM ENXERTADO

quarta-feira, 27 de julho de 2016

TRÊS MICROCONTOS

CALÇADA

Sentava na calçada de sua casa para ver a bunda passar insinuando coisas de amor. Abundou no ato, foi hospitalizado. As duas bandas sentiam dor.

COLUNA UM

Amo-a por ela não me deixar esquecer a zebrinha do início do fantástico.


VODU
Descarregou suas raivas em agulhadas. A outra disfarçou tudo usando piercings pelo corpo inteiro.

domingo, 24 de julho de 2016

QUEBRA-CABEÇA

(poetrix)


Ainda que a cabeça quebre

Ainda que o sonho seja breve

Vale a pena tentar se encaixar

CORRA QUE A política VEM AÍ: 1.6

CORRA QUE A política VEM AÍ: 1.6.


Esse ano é ano de eleição municipal. Para a maioria dos eleitores, ainda está distante. Mas para os partidos políticos, não.
Os partidos já começaram a planejar as estratégias de disputas. Há uma corrida para vereadores. Cada chapa que disputará o pleito tem necessidade de pensar em um puxador de voto em cada bairro, ou distrito, no caso de municípios do interior.
Mas antes fica claro ao caro leitor que a ideia do título da crônica, o que pode vir a ser uma série, é baseada na conhecida sequência cinematográfica de comédia.
Política é coisa séria. Quando aparece um candidato na minha casa em época de eleição, eu digo com franqueza que vou ser sincero por que entendo que política é coisa séria. E dessa política não devemos correr. Mas a politica com p minúsculo, essa parece mais uma comédia, tamanha a cara de pau que alguns personagens dessa politiquinha, ou politicagem, para melhor ficar especificado de que estamos falando.
Em tempos de lava-jato, onde o partido que foi a esperança de tanta gente, acaba tendo desvendando um de seus esquemas de financiamento de campanha, o que devemos discutir não é a ética de um partido que, na verdade, se igualou aos demais. Mas o processo de financiamento de campanha. Isso, sim, é o que devemos discutir.
Hoje disse para um amigo: “Quer ver como vai aparecer dinheiro nessa campanha, Isso não é coisa para nós entrarmos”.
Todo esse processo corrupto e corrosivo da política no Brasil tem início na campanha municipal. O candidato a vereador, cargo mais competitivo da política, acaba gastando além do que pode e logo termina a campanha, está endividado. Ganhando a eleição ou tendo boa votação, fica com prestígio. Daí a dois anos aparece um candidato a deputado querendo apoio do dito bom de voto, e aí é hora de pagar as dívidas de campanha. Cobrando do candidato dinheiro em troca do apoio. Se o candidato a deputado A não pagar, o candidato a deputado B pagará. Nesse caso, o candidato a deputado, seja estadual ou federal, acaba fazendo caixa dois com dinheiro e conluio com as empresas, com consentimento dos candidatos majoritários. É na eleição municipal que é semeada as sementes da corrupção.
O eleitor, que esbraveja que odeia corrupção, mas não abre mão de pedir alguma ajudinha ao candidato a vereador, é conveniente nesse processo.
Para candidatos não corruptos, precisamos de eleitores não corruptores.


quinta-feira, 21 de julho de 2016

CURTA: A LABUTA- PARTE I


ROTEIRO DO CURTA-METRAGEM : A LABUTA
int/medium shot/ copa da casa de zé batista/ casa simples/ tarde de domingo

zé batista e mais cinco membros do grupo de teatro (dois rapazes e três moças) sentados na mesa da copa conversando sobre o filme que irão filmar daí a duas semanas.
ZÉ BATISTA
olha gente, está quase tudo certo. já falei com o cara do ônibus, da produtora e antes de ontem estive com o senhor que mora lá em cima.
moça 1
e os roteiros que você falou que ia nos passar? estão prontos?
Zé Batista enfia a mão em uma sacola de supermercado, tira umas sete apostilas e distribui para todos sobre a mesa.
ZÉ BATISTA
como vocês podem ver aí, eu mudei o nome do filme. Agora é A ESCALADA DA MORTE. Assim ficou mais direto, mais chamativo que TRAGÉDIA NA MONTANHA.
MOÇA 2
e os papeis, você mudou algum? ou vai ficar como combinado da última vez?
ZÉ BATISTA
mudei nenhum não. todo mundo vai fazer o que tem que ser feito, conforme combinamos.
rapaz 1
o que você acha, arrumar um revólver de brinquedo ou levar o do meu cunhado?
MOÇA 1
só vê com seu cunhado se ele não vai está trabalhando com a ferramenta no dia.
(todos riem da piada da moça)

Entra em cena Dona joaquina, mãe de Zé batista, vindo da cozinha com seis copos nas mãos, desses de extrato de tomate, distribui um para cada componente da mesa e volta para a cozinha.
ZÉ BATISTA
Olha gente, não sei o que vai dar esse filme, mas estou preste a realizar um grande sonho da minha vida, fazer um filme
MOÇA 1
vai dar tudo certo sim, seu bobo, esse sonho não é só seu não, é também o sonho da gente. Quem sabe um dia eu vou pra hollywwod.
dona joaquina volta da cozinha trazendo uma tigela de bolinhos de chuva em uma mão e uma jarra de suco na outra. Coloca tigela com os bolinhos de chuva sobre a mesa e começa a servir os membros do grupo de teatro.
dona joaquina
quando vocês forem para esse lugar aí, o tal de hollywood, não esquece de me levar pra fazer bolinho de chuvas pra vocês. Na minha mocidade, hollywood era nome de cigarro.
EXT/ JARDIM DA PRAÇA PRINCIPAL/ TARDE.

ZÉ BATISTA ESTÁ NO JARDIM DA PRAÇA, trabalhando de jardineiro, abaixado, podando um arbusto.
Em um banco próximo, Juvenal Dias, um senhor idoso com elegância discreta observa o movimento
levanta e vai até a mangueira, traz e põe para regar uma planta.
ao longe passa um ciclista, na rua, e grita;
CICLISTA 01
E aí Zé Batista, gostei do filme, cara. Bom pra caraí.
ZÉ BATISTA
que bom que você gostou.
(Juvenal Dias olha interessado para ZÉ Batista)
Zé Batista segue trabalhando. Momentos depois passa um traseunte e para perto de Zé Batista.
transeunte 01
Cara, seu filme é muito bom mesmo. Vocês filmaram num local muito bom. E você brigando com aqueles dois caras, como vocês fizeam esse filme?
ZÉ BATISTA
Rapaz, não foi fácil não. Mas realizei um grande sonho.
TRANSEUNTE 01
Quando sai o próximo?
ZÉ BATISTA
Sei não. Primeiro é divulgar esse que fizemos. Depois temos que avaliar se valeu a pena.
TRANSEUNTE 01
Me avisa quando sair o próximo.
Depois que o transeunte sai (de cena) Juvenal dias chama Zé Batista.
JUVENAL DIAS
(CHAMANDO ZÉ BATISTA)
Ei rapaz, tem um tempinho para conversar comigo?
ZÉ BATISTA
Pois não, o que o Senhor deseja?
JUVENAL DIAS
(Cumprimentando Zé Batista)
Boa tarde. Eu queria falar desse filme. Você fez um filme aqui em Mutum?
ZÉ BATISTA
Fizemos, eu e meu grupo de teatro. O filme se chama ESCALADA DA MORTE.
JUVENAL DIAS
Eu queria dar uma olhada no filme. Onde eu encontro?
ZÉ BATISTA
Na locadora. Mas se o senhor quiser, amanhã eu trago um  DVD para o senhor.
JUVENAL DIAS
Pode deixar que eu vejo uma cópia na locadora. Quero ver hoje mesmo.
(JUVENAL INDO EMBORA)
Então até amanhã.
ZÉ BATISTA
Boa Tarde pro senhor.

(AINDA EM TRATAMENTO)


PULSAÇÕES

Este é o quinto livro de poesias de Catarina Poeta, autora já consagrada no campo literário e no universo virtual dos E-books.

Sua poesia contemporânea com metáforas e simbolismos foge do proseletismo e encanta seus leitores pela identificação no campo da pessoalidade. Mais uma obra inspiradora.


DECANATO POÉTICO VERTICAL 2016.07.I


EXPOSIÇÃO
bovinas
expõem
úberes
equinos
expõem
raças
meninas e
meninos
abrem as
asas
***
DESESPERO
na fila
de espera
o tempo
passa
fica
escasso
daqui
a pouco

era
***
GLORIFICAÇÃO
depois
de tanto
sofrimento
carência de
alimento
noites
ao relento
chegou a
hora do
arrebatamento
***
EVANGELIZAÇÃO
não
vale
a pena
ingerir
bebida
que envenena
bebamos
água
viva
nazarena
***
DESMATAMENTO
mata
cerrada
esconde
lendas
aí veio
serradas
saci
perdeu
única 
perna

quarta-feira, 20 de julho de 2016

TIQUIM ENXERTADO

São dessas correntes que me canso
...........................................banzo


Agora daqui a uma hora
............................outrora


Achei qu’eu fosse um rei
...................errei


Preciso ser para chegar do outro lado
..................alado

A burguesia está sendo presa

..............................surpresa

LIVRO DE POEMAS: UNI VERSOS

O LIVRO DE POEMAS UNI VERSOS, AGORA NO BOOKESS:


domingo, 17 de julho de 2016

Como escrever biografias, com Gonçalo Júnior— Em Contexto #40

AGORA ESTOU NA WATTPAD



Agora estou na Wattpad, essa plataforma de divulgar nossos trabalhos literários, se é que se pode chamar de literatura o que escrevo.
É que escrevo o que me vem a cabeça e que me vem a cabeça é sempre está escrevendo, mesmo atropelando a gramática, assassinando a semântica, etc.
Bem, há quem goste de me ler e é para eles que escrevo.

Já estão lá:
1) A MALDIÇÃO DA TERCEIRA PONTE (CONTO)
2) UNI VERSOS (POEMAS)
3) ALDRAVIAS PREMATURAS (ALDRAVIAS)

Veja minha página da WATTPAD;
https://www.wattpad.com/user/ClaudioAntonioMendes

sábado, 16 de julho de 2016

TRINCA DE ALDRAVIAS

operário
ferido
esfoliado
aguarda
regenerativo

feriado

***

anjos
caídos
homens
caiados
cajado
perdido

***

prato
feito
feito
com
qualquer
rejeito

quinta-feira, 14 de julho de 2016

BISBILHOTEIROS


_Pediu as contas.
_Por quê?
_Não é da sua conta.

(NANOCONTO)

PEDIU A CONTA


Saiu da vida como se sai de um bar.

(Nanoconto)

AVANTE (POETRIX)


AVANTE

não há o que me paralise
nem dilma, nem temer
nem a mais brava crise

TRINCA DE POETRIX


A DANÇA DA MUDANÇA

nessa panela de pressão
não se iluda
todo mundo muda


ILHADOS

não há caminhos
os buracos no asfalto
nos tomam de assalto


A COR DA TARDE

desde que não me atinja
o mundo pode pintar
a tarde de cinza

A BUSCA


Ela sofre com seus casos de amor. Ainda ninguém sabe o segredo do seu cofre.


(MICROCONTO)

QUEM CONTARÁ A DRUMMOND?


_José morreu.
_E agora?

_Carlos ainda não sabe.

(Nanoconto)

quinta-feira, 7 de julho de 2016

O ÚLTIMO SUSPIRO

O ÚLTIMO SUSPIRO


Ando entre os cacos da cidade

Curando as feridas pelo corpo.

Ronda sórdida pela fatalidade,

Olhando feito poeta absorto.

Sentindo o odor do apocalipse,

Tudo escuro sob intenso eclipse.

Irados se gladiando pelas praças,

Ceifando os sonhos de outrora.

A história sob vorazes traças,

Nada mais aqui me resta agora.

De dentro do meu pobre coração,


Ouço o último suspiro da razão.