quinta-feira, 14 de outubro de 2021

OS NÓS DO ÚLTIMO NO PLANETINHA (CRÍTICA)

 

Da Série: PASSANDO O PENTE


OS NÓS DO ÚLTIMO NO PLANETINHA


CONTO: O ÚLTIMO DE NÓS

SÉRIE: A TERRA DE CLON

AUTOR: ELTON MORAES

 

P DE PERSONAGEM

O personagem principal do conto é um clone do filho do cientista que Dr. Matthew Colombos que funciona como antagonista na história. Seu nome é Clon Lion (referência à sua matriz Lionel), chamado de Clone Um. Suas habilidades são força e resistência sobre-humana, adaptação a diferentes temperaturas e pressões, telecinésia. Assim está no seu registro encontrado em uma das sedes da Rubro Net na Islândia. Ele começa a sua história no Brasil. Mas sua epopeia é global.

            Depois ele encontra mais três clones: Mile (Zero três), Um loiro (Zero dois) e um negro (Zero quatro). No entanto um clone feminino conhecido como Zero cinco está em local ignorado pelos demais. Os quatro clones lembra de longe os mutantes de X-men. Mas o Dr.Matthew Colombos é o contrário do Professor Xavier.

 

E DE ENREDO

O enredo é uma distópica ficção científica que se passa no ano de 2031. Portanto próximo para um conto escrito em 2013 e revisto em 2016. Na verdade o conto é uma busca pelo Eu de Clon Lion. Ele poderia ficar no seu Brasil solitário de todos. Mas segue para sua jornada em busca de respostas. Tem um helicóptero para se locomover pelo globo e combustível disponível para isto em uma terra devastadas pela mudança dos polos magnéticos ocasionada justamente pelos clones e seus superpoderes. Eles terminam a primeira parte da aventura buscando justamente um meio de consertar através de uma máquina do tempo. Há uma crítica no Skoob sugerindo que o autor poderia ter se enveredado pela temática Zumbi citado a partir das clonagens mal sucedidas.

 

N DE NARRATIVA

Narrado em primeira pessoa através do personagem principal Clon Lion, não há um plot twist daqueles de esbugalhar os olhos e nocautear o leitor. Mas uma forma de ir revelando pouco a pouco sobre o personagem que enriquece a narrativa. Há informações sobre ciências que fica um pouco aquém de outros relatos do mesmo estilo. Mas funciona bem. Enquanto para os humanos que agora são prisioneiros em outro planeta a saída está em uma barganha com seus opressores, os clones buscam uma saída na própria Terra.

 

T DE TEMPO

É um início de Século XIX em que a humanidade é exista logo de cara por causa da Clonagem, um tempo recorrente na última década do Século XX. Lembro-me de aulas que ministrei falando da clonagem. E o início primeira década falando de Eva, uma falsa clonagem dos primeiros seres humanos. Até as experiências nazistas vieram à tona. Na quarta década, quando a narrativa começa, já temos a Terra inabitada por humanos e apenas os poderosos partiram para outro planeta. O tempo é um componente essencial na história, e a brevidade entre Dolly e o surgimento de Clon Lion coloca pressão sobre a reflexão necessária em relação ao destino construído para a humanidade.

 

E DE ESPAÇO

O planeta Terra é o espaço. Mas há também o lugar que ficou indefinido em que os afortunados do planeta na hora da destruição se refugiaram e agora vivem prisioneiros dos hiper-humanos. E Clon Lion seria uma espécie de troca. Os hiper-humanos teriam tecnologias suficientes para tornar os recursos naturais da Terra exploráveis novamente. Mas para quê?

 

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