segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

PEQUENAS HISTÓRIAS-MICROCONTOS-GRANDES TALENTOS






A EDITORA ILLUMINARE MAIS UMA VEZ NOS PRESENTEIA COM EBOOK  NO FIM DE ANO.

Em breve estaremos fazendo a promoção de verão no nosso grupo ESCRITOS DO CLAUDIO no facebook. Curta nossas postagens e participe do sorteio em janeiro.

Desta vez é com um livro de microcontos. Participo com duas histórias:

O TRONCO
ATRASO

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EM BREVE TAMBÉM TEREMOS O LIVRO 
CONTOS DE UM NATAL SEM LUZ VI

domingo, 17 de novembro de 2019

FRAGMENTOS, FOSSO E OCASO: PENTALOGIA DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS - VI



FRAGMENTOS, FOSSO E OCASO
PENTALOGIA DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS- VI


Pessoas, chego a minha sexta Pentalogia das Minhas Pétalas Semanais. Trago uma aldravia falando da difícil viagem para dentro de si, tema retomado no poema Fosso. Em Fragmentos temos a lembrança que destroça. Fecho minha pentalogia com 2 poetrix, um reflexivo e um espirituoso. Desejo a você que veio até ao meu blog, boa diversão através dos meus versos.


ALDRAVIA DE UMA VIAGEM

demoro
achar
portas
onde
ontem
morei

*****
FRAGMENTOS

Sofro
Ao alcance das minhas mãos
A última dose

Desço
Ao porão da minha alma
E encontro fragmentos
De um passado escondido
Encardido
Como meu antigo poema
No caderno em que eu anotava
Palavras para ser esquecidas

Deixo
O vento soprar sobre mim
O aroma roubado do jardim
Tão distante
Tão distinto
Que sinto vontade de voar
Sobre o que ainda resta
Do nosso reino




FOSSO

Você me chama
No silêncio da tua alma
Você clama
Por meus carinhos malditos

Eu ouço o teu grito
Esmurrando os meus ossos
Alargando o meu infinito
Por ter descrito teu universo
Na sutileza de um único verso

Você me procura
Na arte e na rebeldia
Que o sistema censura
Com gotas de anestesia

Eu aqui no escuro
Domando minha teimosia
Temendo o encontro contigo
E ver o quanto há de perigo
No abismo dos teus olhos
Nas curvas do teu corpo
De me aprisionar para sempre
No fosso em que eu hoje vivo






CHORO VESPERTINO

Na hora do sol se por
Uma lágrima aflora
Seja por qual razão for

*****

EMBRULHO

Demora muito, mas chega
O prazer empacotado
Na pele da minha nega


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PÉTALAS SEMANAIS - VII





sábado, 16 de novembro de 2019

EcoSys - Darda Livraria

EcoSys - Darda Livraria: Vários autores. Informações editoriais: 14,8 x 21 | 72 páginas | ISBN: 978-85-67673-83-7 | Poesia. Sinopse: Coletânea de poesias, com temática e estilo próprios, denominada EcoSys de caráter inteligente e agradável à leitura de todos os ...

sábado, 9 de novembro de 2019

ENCANTO, FADIGA E GRITO: PENTALOGIA DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS V




Pessoas, aqui vai a V PENTALOGIA DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS


haicai

nessa noite calma
a minha triste alma grita
carente de ti



*****

ENCANTO

Eu me rastejava pelo escuro
Sem direção
E só enxergava no futuro
Solidão
Dando de testa com um muro
Detenção
No meu mundo tão obscuro

Mas encontrei o teu sorriso
Luz
Mostrando-me o paraíso
Que se traduz
No êxtase que eu preciso
Que produz
Em mim certa falta de juízo

Eu prefiro a poesia d’agora
Encanto
Em todo momento aurora
No recanto
Onde a felicidade mora
E eu planto
O prazer que nos devora

*****


FADIGA

Rosas infinitas em jardins cáusticos
É o que você deseja
E não percebe que a vida se desmorona

A suástica marcada em tua pele
Paz e guerra
Em teu coração batendo fadigado

Não, meu amor, hoje não é dia
Os calendários são ruins
Para quem se aprisiona dentro de si


*****

NO MEU GRITO

O verso não é perfeito
No entanto o céu me nutre
Com o seu azul infinito

Quando à noite me deito
Dentro de mim um abutre
Liberta-se no meu grito

Mas não sou assim
Nos dias cinzentos
Com cheiro de fim


*****

PRÊT -À-PORTER 96

Meras quimeras
Na espera
Da primavera
Flores mandam seus recados || Nas noites de amores negados
Regados
De versos rasgados
Sonhos alados


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PÉTALAS SEMANAIS VI

terça-feira, 6 de agosto de 2019

SONHO, SOLIDÃO E BEIJO: PENTALOGIA DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS IV





SÉRIE: PENTALOGIA DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS 

SEMANA IV

“ANTES TERÇA QUE NUNCA”



SONHANDO ACORDADO

Posso estar sonhando acordado
Celebrando a minha felicidade
Pois no meu corpo tão cansado
Essa alegria não é uma verdade

Posso estar preso a uma vaidade
Viciado inconsciente o meu dado
Posso estar sonhando acordado
Celebrando a minha felicidade

Na guerra em que sou soldado
O que tanto vale é teatralidade
O presente tão rápido é passado
Na minha luta sem objetividade
Posso estar sonhando acordado




ARDOR

Eu não sou o único solitário
Na armadilha modorrenta
Preso nesse pesadelo diário
Que toda hora nos acorrenta

E nada é como nos apresenta
O tempo sempre foi falsário
Eu não sou o único solitário
Na armadilha modorrenta

E essa migalha como salário
Fome física a gente enfrenta
Mas há ardor revolucionário
Pulsando sob a pele sedenta
Eu não sou o único solitário




SEMPRE POR PERTO

Não fique tão longe de mim
Preciso-te sempre por perto
Pois ainda não é o nosso fim
O amor ainda está desperto

E ainda há flores no deserto
Não se distancie tanto assim
Não fique tão longe de mim
Preciso-te sempre por perto

E eu ainda vejo um jardim
Depois de um portal aberto
Eu acho que você, outrossim
Sabe que fugir não é o certo
Não fique tão longe de mim



DENTRO DE MIM

Dentro de mim um desejo arde
Após aquele beijo em tua boca
Não me conformo que seja tarde
E que saudade é coisa tão pouca

Mesmo que a voz esteja rouca
Que um lindo verso me aguarde
Dentro de mim um desejo arde
Após aquele beijo em tua boca

Ainda que tenha sido covarde
Dizer-te adeus na hora louca
Eu te quero agora sem alarde
Para preencher a sanidade oca
Dentro de mim um desejo arde



ENGANO

Sem surpresa e nem mistério
Eu me absorvo no cotidiano
Eu que levei muito a sério
Cada detalhe de cada plano

Agora percebo qu’era engano
As promessas de um império
Sem surpresa e nem mistério
Eu me absorvo no cotidiano

A vida segue um só critério
Sair ileso e não causar dano
Evitando ir para o cemitério
Para mim entra ano e sai ano
Sem surpresa e nem mistério


PENTALOGIAS ANTERIORES


SEMANA III

SIGA PARA A PRÓXIMA
SEMANA V



sábado, 27 de julho de 2019

BUSCA, CHUVA E CRENÇAS: PETALOGIA DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS III



SÉRIE: PENTALOGIA  DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS - III

OBS: Voltando com essa série, fazendo um apanhado para além da semana.


PÉTALA 1: Aldravia em interação no recanto.

busquei
luzes
interiores
experimentei
meus
sabores

 *****

PÉTALA 2: Da série curtos

FLOR EFÊMERA

No azul das minhas palavras
O sol é sempre poente
Não há flores espontâneas
Nos jardins de nossas vidas

Eu busquei, juro que busquei
Tudo o que podia ser portas
Mas os muros tecidos em noites
Aprisionam os peitos desejosos

Por isso a rima de cada manhã
É flor efêmera que me encanta


*****

PÉTALA 3: Poema em tercetos

SEMPRE QUANDO CHOVE

Sempre quando chove você morre
Por ser pássaro frágil
Querendo abarcar distâncias

Sempre quando chove, minha vidraça
Chora como meus olhos tristes
Na solidão sob o barulho no telhado

Sempre quando chove, o vazio
De um ninho frio e dilacerante
Sem o calor do teu peito me tortura

Mas a tempestade uma hora passa
E você ressurge com mais graça
Para reflorir essa atmosfera sufocante

*****


PÉTALA 4: Poema sobre acreditar ou não no amor.

REFLEXOS

Ela disse que não acredita no amor
Que no fundo é tudo mentira
Mas ela nunca sentiu um coração pulsar
Contra o seu peito

Ela disse que já viveu tantas ilusões
E que já prometeu e não cumpriu
Mas ela nunca encontrou a verdade
Roçando seus lábios em beijos eternos

Eu quero que ela me dê uma chance
De lhe falar das flores no jardim
De lhe tocar dentro da noite em chamas
E mostrar que o amor é diamante
Que se garimpa em dias de aventuras

Ela disse que o amor é uma fantasia
Que todos querem apenas aproveitar
Que basta uma palavra mal entendida
Para que o castelo desmorone

Eu quero que ela apenas entenda
Que amar é a arte de se entregar
É preciso abrir a porta e sair de si
Ainda que lá fora haja os monstros
Esses reflexos do que de fato somos

*****

PÉTALA 05: Indriso da série O Homem & Suas Perdas

QUANDO TUDO DESABA

O que se passa na sua cabeça
Quando tudo desaba sobre você
E fugas não te levam a lugar algum

O que se esconde em seu coração
Quando a dor seca os teus lábios
E as palavras certas evaporam

É só madeira podre sob o verniz


Não me diga que isto te faz feliz



leia as postagens sobre essa série

PENTALOGIA DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS I

PENTALOGIA DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS II

OU SIGA PARA A PRÓXIMA:
PENTALOGIA DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS IV

domingo, 26 de maio de 2019

RONDEL: TESOURO, TEU SORRISO, CORPO E ALMA





TESOURO

O amor é um precioso tesouro
Que se reparte com alguém
É muito mais valioso que ouro
Deve cuidar dele quem o tem
 
Em noites frias o amor vem
Aquecer-me como fervedouro
O amor é um precioso tesouro
Que se reparte com alguém
 
O amor rompe qualquer couro
Ronda pelas veias feito trem
Como se vê em um miradouro
Enxerga a beleza muito além
O amor é um precioso tesouro





TEU SORRISO

O que me encanta em você
É esse sorriso inebriante
Eu não consigo esquecer
O seu batom tão brilhante
 
Eu quero ser seu amante
Fazer parte do seu viver
O que me encanta em você
É esse sorriso inebriante
 
Todo dia eu quero te ter
Portanto não é o bastante
Intenso é o meu querer
É o teu sorriso constante
O que me encanta em você


 ***************************************

CORPO & ALMA

A alma precisa de carinho
O corpo carece de comida
A alma fica no seu ninho
O corpo busca uma saída
 
O corpo vai pela avenida
A alma quieta no cantinho
A alma precisa de carinho
O corpo carece de comida
 
A alma entende o caminho
O corpo implora pela vida
Eu estou sempre sozinho
Com minha razão dividida
A alma precisa de carinho


sábado, 9 de fevereiro de 2019

BATALHAS, POEIRA E MÚSICA: PENTALOGIA DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS - II




A BATALHA
(rondel)

Eu vou sair do meu castelo para batalhar
Em campos cheios de profundas traições
Só preciso vestir a armadura que calhar
Na hora da dureza das minhas decisões

Sei que ferirei amigos com decepções
Mas devo seguir o roteiro e não falhar
Eu vou sair do meu castelo para batalhar
Em campos cheios de profundas traições

Em alguns momentos eu devo atalhar
A estrada difícil com suas bifurcações
Sendo você espectador só para malhar
Eu vou te enterrar na vala das ilusões
Eu vou sair do meu castelo para batalhar

*****

A BOCA TORTA

 (rondel)

A boca torta de tantos beijos
Já não declama mais a poesia
A mão aberta tocando desejos
Já não cura mais a tua agonia

Já não se difere a noite do dia
Ou então cidade dos vilarejos
A boca torta de tantos beijos
Já não declama mais a poesia

Não tiram do leite os queijos
Da revolta nenhuma rebeldia
Da felicidade alguns lampejos
E o verso que não mais extasia
A boca torta de tantos beijos

*****

O SABOR DA TARDE

Jamais caminhe na escuridão,
O passo fica perdido no acaso
Monstros espreitam em cada esquina
Jamais caminhe na escuridão.

Entre o acerto e o erro escolha a dúvida
Duvide dos teus pés sobre a areia quente
Duvide da areia sob teus pés perdidos
Entre o acerto e o erro escolha a dúvida

Deixe que o vento te cante uma música
Ela te encantará nas horas sem sentido
Ela te encostará contra fantasias pétreas
Deixe que o vento te cante uma música

O sabor da tarde saciará tua boca sedenta
Você ainda se lembra dos nossos beijos
Você ainda se prende nos teus desejos
O sabor da tarde saciará tua boca sedenta

E a lembrança do que fomos será só poesia
Sussurrando sobre a planície amarela e fria
Apagando o enredo da possante narrativa
E a lembrança do que fomos será só poesia


*****

haicai

apenas chovendo
nessa terra ressequida
eu sigo deserto

*****

MENTE MANIPULADA
 (corrente de ecosys)

Quando o ser some na poeira
Poeira sobre tortas estradas
Estradas que levam a destinos
Destinos tristes sem direção

Direção do corpo que segue
Segue cego qualquer instinto
Instinto selvagem indomável
Indomável nos campos do amor

Amor feito sem ter afeição
Afeição que une corações
Corações se atraem loucos
Loucos na noite apenas

Apenas querem ser felizes
Felizes entre fragmentos
Fragmentos de um passado
Passado limpado na mente

Mente que foi manipulada
Manipulada pela mentira
Mentira é verdade agora
Agora não se sabe quando


LEIA A PRIMEIRA POSTAGEM DA SÉRIE: 
NO REJEITO DA ALMA PÚTRIDA

OU SIGA PARA A PRÓXIMA POSTAGEM
PÉTALAS SEMANAIS III

sábado, 2 de fevereiro de 2019

NO REJEITO DA ALMA PÚTRIDA: PENTALOGIA DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS I





TUA ARTE ABSTRATA


Mesmo de mim
Em minutos repartidos

Mania de mendigar
O ouro reluzindo no último verso

O trem de uma nova ideia apita entre montanhas
Seria simples apenas simples
Mas eu morro

A insignificância de uma vida ou de uma pedra
Luz em excesso cega

Você coloriu os meus olhos com tua arte abstrata
E finge que a noite é tempo

Não quero ficar respingado com o líquido marrom
das tuas Cólicas
Meu endereço se localiza no albor da tua inocência

De repente, as montanhas não estão mais lá
Ainda assim
Sou tragado pela sombra da manhã


******

MANDÍBULA


Vasculho de florestas e labirintos
Cogito
Desertos entre jardins

Areia esparramada pela memória
Ampulheta faminta
Quando a diurna mandíbula
Abocanha a tarde
Em sanhas silenciosas

Meu grito
Bestial
Acuando a solidão

Estrelas apontando seus dedos
Feridas sangrando íons
Tensão energia luz matéria negra
Afogamento
A morte líquida beijando as margens

Circundantes muros
Depósito de murros
De tudo que regurgito

*****



AUSÊNCIAS ETERNAS


A fantasia que me movia pela noite
Em busca das migalhas do teu afeto
Foi evaporando a cada inseto em volta
De uma lâmpada incandescente e nula

Minguado fui me incorporando às flores
De um paupérrimo lençol árido e surrado
Tive sede e a umidade dos teus lábios
Não se encontrava mais ao meu dispor

Gélido como a extensão polar da solidão
Tentei expandir-me para além do círculo
Mas percebi que era mais que um século
A distância pela qual eu teria que rastejar

Não era somente te enviar uma mensagem
Desculpar-me ou implorar para a tua memória
Colher os frutos daquilo que semeei em tua pele
Em cada saliência pelas minhas mãos férteis

Passou a ser algo mais do que me reconstituir
E encontrar o desejo que me assombra no vazio
Ainda assim há os minúsculos cacos que se foram
Para serem ausências eternas do ápice sem retorno

*****

TRAGEDISTAS EM AÇÃO

De novo a mesma história
Ganância, desamor e morte
Mariana era mero ensaio

*****

OS RASTROS

Quanto vale a vida?
O que é vida para a Vale?

E o minerador
Faz de Minas
Um vale de dor

Cadê a barragem para represar
A ganância irresponsável e sua pompa
E não deixar que rompa
A nossa ternura

Quantas vidas a Vale invalida?
Quantas vilas soterradas no vale?
Ninguém sabe quantas lágrimas
Os rastros de um rejeito
Deixam em cada leito

DA SÉRIE: PENTALOGIA DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS
(27.01 a 02.02/2019)

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