domingo, 28 de junho de 2020

ROSAS, TEMPESTADES E PALMEIRAS: PENTALOGIAS DAS MINHA PÉTALAS SEMANAIS - VII



SÉRIE
PENTALOGIA DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS


NOTA DO AUTOR
         Em um hiato no meu tempo corrido tenho a oportunidade de compartilhar nesse meu blog mais uma postagem da série Pentalogia das minhas pétalas semanais, postada aqui em DOMINGO, 17 DE NOVEMBRO DE 2019.
         Para esse meu retorno aproprio de rondéis postados originalmente no Recanto das Letras. Meus rondéis são seguem metrificação rígida, se valendo mais da musicalidade.

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PRESO EM UM DESEJO

Eu assisto o fim de um mundo
Que desmorona rapidamente
Depois de buscar tão a fundo
Energia que o faria imponente

O homem louco inconsequente
Depara com seu rosto imundo
Eu assisto o fim de um mundo
Que desmorona rapidamente

Todo aquele orgulho profundo
Era apenas um medo fremente
De cair por terra, moribundo
Preso em um desejo indecente
Eu assisto o fim de um mundo




A FÉ
A espera da ave com o ramo no bico
Simbolizando que o pesadelo acabou
Por enquanto a lutar com o medo fico
Tentando preservar o homem que sou

Alguém ainda vai dizer que já passou
Tanto para o pobre quanto para o rico
À espera da ave com o ramo no bico
Simbolizando que o pesadelo acabou

Para o meu espelho todo dia explico
Que tantas vezes essa fé me salvou
Por isso não apedrejo e nem critico
O humilde que hoje de joelhos orou
À espera da ave com o ramo no bico





NAS TEMPESTADES

Frases desconexas que só eu canto
Nas tempestades quando eu deliro
Sei que para o mundo sou espanto
Sei que eu mesmo às vezes me firo

Viver essa vida é o que eu prefiro
Quando me banho no meu pranto
Frases desconexas que só eu canto
Nas tempestades quando eu deliro

Pelas noites eu nunca fui um santo
Amontoe as pedras que eu te atiro
Mas poemas amorosos, no entanto
É no meio do teu coração que miro
Frases desconexas que só eu canto





O BAILAR DAS PALMEIRAS

Eu via lindas ovelhas no firmamento
Ouvia música ao som das cachoeiras
Eu declamava meus poemas ao vento
E dançava com o bailar das palmeiras

Perdia-me em inocentes brincadeiras
No magistral reino do encantamento
Eu via lindas ovelhas no firmamento
Ouvia música ao som das cachoeiras

E por mais que alguém esteja atento
A rotina tem lá suas tantas maneiras
De nos mudar na busca do provento
Cravando em nossos olhos cegueiras
Eu via lindas ovelhas no firmamento






ROSAS DE TODAS AS CORES

Meu poema é como campo verdejante
Onde afloram rosas de todas as cores
Parecendo uma primavera abundante
Eterna estação dos loucos sonhadores

Além das rosas temos as outras flores
Misturando-se num aroma inebriante
Meu poema é como campo verdejante
Onde afloram rosas de todas as cores

Brisa tão leve em uma tarde dançante
Poesia bailando entre diversos odores
Estou buscando a rima mais vicejante
Nos solos regados pelos meus amores
Meu poema é como campo verdejante




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