A
cabeça que de besta se condensa
A
cabeça, intensa desavença
A
cabeça que guarda a crença
A
cabeça aguarda alguma recompensa
O
celeiro que cerra o segredo
O
celeiro, cenário do medo
O
celeiro, primeiro, vanguarda
O
celeiro que se resguarda
O
circo que chega à cidade
O
circo, tudo ilusão, falsidade
O
circo, picadeiro, singularidade
O
circo da primeira vaidade
O
corvo que come na curva
O
corvo do tal Allan Poe
O
corvo que me acompanha
O
corvo que bate e apanha
A
curva que alimenta o corvo
A
curva que se dobra de joelhos
A
curva que culmina na cidade
A
curva que se quebra no espelho
Eu,
no começo de uma percepção...
Eu,
carecendo de extrema unção...