domingo, 30 de abril de 2017

A COR DA TARDE (TRINCA DE POETRIX)



A ARTE DE VIVER

Se não houver verdade
Que haja mentiras criativas

Para que eu chame de arte

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A CEGUEIRA

Ela o amou tanto
Que após cada crime
Ela o tornava mais santo

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A COR DA TARDE

Desde que não me atinja
O mundo pode pintar
A tarde de cinza

sábado, 15 de abril de 2017

SOL (DECALOGIA POÉTICA)

DA SÉRIE: DECALOGIA POÉTICA


SEM FAROL

O sol no céu
A solidão no ser
Vagando por Babel
Até padecer

O sol no ser
a serviço
Para satisfazer
O próprio vício

E o ser sente
A falta do sol
Tão ausente
Como se fosse farol

Ser sem direção
Sem sal, sem sol
Na imensidão
Da solidão sem fim


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DIA DE SOL

Era dia de sol
E você sorriu
Era Sunday
E dei a você meu coração
E era um sorriso
Atrás do sorvete
E mais que souvernir
Em um dia de sol


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CRIAÇÃO

...e Deus fez o sol
E fez o teu olhar
E o sol fez o dia
Para um dia eu te encontrar
E o teu olhar fez minhas noites
Serem eternos dias de êxtase
E assim foi o gêneses...

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OÁSIS

Assim que o sol se põe
Eu me prosto aos teus pés

Assim que eu me perco
encontro-te em êxtase

uma frase, uma fada
uma fábula de encantos
assim que o sol se põe
a solidão se vai

quem quer amor
espere o sol se por
e busque outro oásis
neste vasto deserto
denominado cidade


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NOTÍCIA

Era um sol
E só
A brilhar no céu
Do meu ser

Era um tempo
Que tem
A maldita sina
De assassinar

Era uma tarde
Que não tardou
A tocar a carne
Sem alarde

Era uma noite
Que renovou
A notícia
Sobre o nosso amor


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AMOR VIOLENTO

Esperei amanhecer
Para saber quantas feridas havia
Pelo meu corpo
Teu amor foi violento

Estiquei-me todo
Diante do sol forte
Para evitar a morte
Dos meus sentimentos

Estanquei as sangrias
Para que não fosse embora
A essência do meu ser
Entre aceitar-te
Ou ir embora


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SOL E LUZ

O sol ilumina
O lixo e
O luxo
Que não levo

A solução
Em solutos e solventes
Em plena luta
Pelo que é da gente
E donde me desmancho
Feito sonrisal

Sol e luz em minas
Eu não tenho ouro
Sol que ilumina
O que sou e
O que estou
Precisando.


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COMO PODE

Como pode o sol
Ser tua referência
E um outro ser
Ser a tua preferência

E como pode a noite
Tardar tanto
Sem que eu verseje
Sobre teus encantos

Como pode a solidão
Ser só uma ausência
Dos teus carinhos
Ou uma penitência

E como pode a lua
Enxugar meu pranto
Sem que eu deseje
E beije teus lábios de mel


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CORAÇÃO ATLÂNTICO

o céu está claro
o sol está quente
teu corpo claro e raro
não sai da minha mente

o céu está azul
o sol clareia
teu corpo seminu
na areia da praia
não saia da minha mente
não vista a saia
teu corpo escultural
se bronzeia
na areia da praia
do meu coração atlântico

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HÁ SÉCULOS

Olhei para o céu
Dos teus olhos azuis
E vi o teu sexo
Derretendo o gelo
Da minha timidez

Descortinei o véu
E vivi séculos
Ao tocar no ponto G
Da tua nudez

Embriago-me no mel
Toda vez que mexo
Com meu jeito
E com tua lucidez

E teu céu sem véu
Transborda de mel
E teu sexo há séculos
Mexe comigo
E o gelo do ponto G
Era ponta de iceberg
Perdeu o jeito de ser
E eu
Tão tímido
Tão desnudo
Tão lúcido

Não tenho mais o que temer



sexta-feira, 14 de abril de 2017

INDRISOS: TRINCA 01




COLÍRIOS

Já é dia de amor e liberdade
Na calma cinzenta da cidade
Entre poderes e pudores

Há uma luz em cada peito
De transeuntes indefinidos
Sobre o concreto rachado

A cidade nos permite delírios

A cidade nos cega com seus colírios

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CALORES

Um mendigo pede um pouco de comida
Um amigo pede um pouco de atenção
Um perigo só precisa de um vacilo

Aperta a minha mão para sentir
Os sentimentos que guardo comigo
Os pressentimentos que me resguardam

Estou indo na direção certa

Enfrentando calores na estrada deserta

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A CIDADE


A cidade pulsa sob o sol,
Ninguém liga para os ratos.
A cidade é um retrato do caos.

Minha rua é uma síntese
De histórias entrelaçadas,
Páginas inteiras amassadas.

A cidade esconde palavras obscuras.

A cidade pulsa em suas loucuras.

LEIA A PRIMEIRA VERSÃO DO LIVRO DE INDRISOS

O HOMEM & SUAS PERDAS

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