sexta-feira, 28 de abril de 2023
PENTALOGIAS DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS - XXVIII: ABRIGO, PRISÃO E RINGUE
sexta-feira, 27 de janeiro de 2023
PENTALOGIA DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS - XXVII: DESILUSÃO, GUERRA E LAMPEJO
terça-feira, 17 de janeiro de 2023
MIL MOTIVOS PARA ESCREVER
MIL MOTIVOS PARA ESCREVER
PARA SENTIR QUE EU ESTOU VIVO
MELODIAS E ESPERANÇA
VONTADES E ESPERANÇA
O SILÊNCIO E SEUS MURMÚRIOS
VERSOS FELINOS
quinta-feira, 29 de dezembro de 2022
MICROCONTOS DE 2022: QUANDO O MÍNIMO É MAIS
O título desta postagem é muito usado quando se trata de textos minimalistas, seja em prosa ou seja em verso. O minimalismo me facina pela dificuldade da concisão. Um microconto não é apenas uso de trocadilhos. É acima de tudo um texto que precisa ter todos os elementos de uma narrativa: Personagens, enredo, tempo e espaço. Na minha tentativa de me esmerilar neste gênero, participo do grupo Microconto Fátima Florentino compondo, sempre que o tempo me permite, meus microcontos.
No meu livro, O Castelo de Alice, uma das apresentadoras da minha obra no lançamento falou dos microcontos intrusos, como a parte que mais lhe chamou atenção. Sim, eu usei microcontos para não deixar nenhuma página em branco.
Compartilho com vocês cinco pequenas narrativas de 2022.
Ele foi tirando tudo dela. Emprego, amigos, liberdade,
alegria e, por fim, a vida. Só restou a candura do olhar nas memórias do filho
de dois anos.
BISTECA
Ela achava que a salivação dele era por causa da bisteca
acebolada que fizera para o jantarzinho íntimo. Só percebeu o engano quando ela
passou a ser o jantar dele, literalmente.
CAIXÃO
Assim que jogaram a última pá de terra sobre meu caixão, eu
também fui embora.
BENGALA
Disfarçava-se de idoso. Boina, bengala, o andar cambaleante
e o gemido de dor. Ao passar por alguma jovem deixava o pacote cair. As que
eram gentis ofereciam para ajudá-lo. Entravam em seu apartamento de onde não
sairiam mais.
PEDAGOGIA
Foi a pedagogia da faculdade que lhe deu o emprego na
creche. Mas é com sua própria didática que ele tem feito crianças virarem
anjos.
***
Os títulos são as palavras do dia em que os microcontos foram escritos. Todos, naquele dia escreveram um ou mais microcontos com até 300 caracteres a partir desta palavra, sendo que ela teria que estar escrita.
Para mim, o melhor é Caixão.
Bisteca serviu de "gatilho" na dinâmica do dia em 03.07.2022, e, claro, fiquei muito honrado.
POSTAGEM RECENTE DE:
PENTALOGIAS POÉTICAS DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS
sexta-feira, 23 de dezembro de 2022
PENTALOGIA DAS MINHAS PÉTALAS SEMANAIS XXVI: CERTEZA, CHAMA E FOSSA
CERTEZA, CHAMA E FOSSA
Trago mais uma postagem para a série que se aproxima do segundo livro da obra. Esta semana eu falo:
- do efeito das carícias da pessoa amada em A paixão em meu coração;
- da convicção que machuca bem dentro em Essa certeza;
- da ausência sentida e suas consequências no poetrix Hora da chama(da);
- da depressão de faz com que a gente não tem vontade de se divertir em Minha fossa;
- da imprevisibilidade da vida como força motriz para se viver em Não posso perder.
Para eu te namorar sob um belo luar
A paixão no meu coração é soberana
A você eu estou preso, não vou negar.
Como aço de espada a me transpassar
Não havia rima ou respingo de poesia
Minutos eram cartas de jogos de azar.
E eu só tentava sobreviver heroicamente
O fim trágico do meu ser era tão ululante
Mas eu resistia a melancolia bravamente.
E do céu o amor em forma de anjo desceu
Junto com as dores as angústias sumiram
E a tristeza no meu peito do nada pereceu.
(rondel)
Sequer eu faço mais da minha
Eu procuro e não acho a saída
Eu só acho que já saí de linha.
E eu estou sempre de partida
Eu não faço parte da sua vida
Sequer eu faço mais da minha.
Minha força cada dia definha
Há melancolia em mim retida
Essa certeza é que me espinha
Eu não faço parte da sua vida.
(poetrix)
Sozinho, eu tomo vinho
Vazios me atrapalham.
(rondel)
Que me obriga a ficar em casa
Quem sabe ouviria uma bossa
Para esfria o coração em brasa.
E nenhuma alegria se alvoroça
Se não fosse essa minha fossa
Que me obriga a ficar em casa.
Ser feito se o tédio se embasa
É a vida me dando uma coça
Eu até faria da farra uma asa
Se não fosse essa minha fossa.
(rondel)
O que me mantém ainda vivo
É a incerteza se vai acontecer
Todo dia há um novo motivo
Para optar por dor ou prazer.
Minha escolha não tem crivo
O que me mantém ainda vivo
É a incerteza se vai acontecer.
Eu não meço a força do poder
Da jaula da qual eu sou cativo
Mas sei que não posso perder
O que me mantém ainda vivo.
O QUE O MAR PENSA DE MIM? (EU NA REVISTA BARBANTE)
O QUE O MAR PENSA DE MIM?
Saiu na revisa Barbante, nº 51, meu poema Viagem ao litoral.
Nele falo de um tipo de viagem que muitos fazem, e acredito que outros gostariam
de fazer.
Eu me baseei na experiência em litorais capixabas e baianos.
Mas o encontro com o mar é universal. Seja em Marataízes ou em Marseille.
Posto aqui o poema, mas gostaria que você baixasse a revista
e lesse as criações literárias dos meus colegas:
VIAGEM AO LITORAL
Viajo para o litoral
Minha alma maruja
Começa a bailar
Com ondas imaginárias.
As montanhas de Minas
Distanciam-se no retrovisor
Eu sigo pela dois meia dois
(A cento e um também está no caminho)
E de longe ouço o barulho.
Estou chegando de peito aberto
Para ver novamente
O horizonte atlântico
Como quem revê antigo amor.
Mas o mar me conhece?
Será que ele se lembra de mim
Em Alcobaça, Praia Grande ou Marataízes?
O mar ainda se lembra
Do nosso primeiro encontro?
Sei que o litoral capixaba ou baiano
Não se cansa da nossa mineirice
E suas ondas fortes mais parecem
Um abraço de saudade.
LINK PARA A REVISTA BARBANTE Nº51
quinta-feira, 8 de dezembro de 2022
DEPOIS DO ESTRONDO: MEU POEMA PÓS-GÓTICO NA REVISTA BARBANTE
Na edição de Nº 50 da Revista Barbante, comemorando seu décimo ano de publicação, meu poema Depois do Estrondo que escrevo para minha série GotiKlaus, poemas pós-góticos, falo sobre o encontro do amor e as barreiras a serem vencidas para além do desastre de um mundo pós-moderno e decadente.
Na revista o poema saiu com um equívoco gráfico no primeiro poema da terceira estrofe, faltando o r em apertando. Mas acredito que erros como estes acontecem na correria do dia a dia. No final tem link para quem quiser baixar a revista na íntegra.
DEPOIS DO ESTRONDO
Sobre meus olhos inchados não se assuste
São as noites frias na companhia do corvo
Que me ensina como ser anjo neste inferno.
Com os lábios sangrando não se desespere
São serpentes que engoli para me fortalecer
Em banquetes letais por florestas sombrias.
Sinta minha mão trêmula apertando a sua
Não se acanhe se eu te perguntar sobre amor
Eu te encontrei em viagens para além da lua.
Sobre meus passos trôpegos eu apenas quero
Que você venha comigo pela trilha íngreme
E se deite ao meu lado sobre a relva urticante.
Sobre meu verso sem rima sinta uma canção
Sussurrando em seus ouvidos a lamentação
Que eu faço ao vento depois de cada manhã.
Seja comigo o casal que vencerá o apocalipse
Nunca duvide daquilo que teu olhar não vê
Seremos ainda hoje a parte escura do eclipse.
Paz e guerra são coisas do mundo redondo
Nada sobrará da Terra depois do estrondo
A não ser nós dois caminhando pelo infinito.