Na edição de Nº 50 da Revista Barbante, comemorando seu décimo ano de publicação, meu poema Depois do Estrondo que escrevo para minha série GotiKlaus, poemas pós-góticos, falo sobre o encontro do amor e as barreiras a serem vencidas para além do desastre de um mundo pós-moderno e decadente.
Na revista o poema saiu com um equívoco gráfico no primeiro poema da terceira estrofe, faltando o r em apertando. Mas acredito que erros como estes acontecem na correria do dia a dia. No final tem link para quem quiser baixar a revista na íntegra.
DEPOIS DO ESTRONDO
Sobre meus olhos inchados não se assuste
São as noites frias na companhia do corvo
Que me ensina como ser anjo neste inferno.
Com os lábios sangrando não se desespere
São serpentes que engoli para me fortalecer
Em banquetes letais por florestas sombrias.
Sinta minha mão trêmula apertando a sua
Não se acanhe se eu te perguntar sobre amor
Eu te encontrei em viagens para além da lua.
Sobre meus passos trôpegos eu apenas quero
Que você venha comigo pela trilha íngreme
E se deite ao meu lado sobre a relva urticante.
Sobre meu verso sem rima sinta uma canção
Sussurrando em seus ouvidos a lamentação
Que eu faço ao vento depois de cada manhã.
Seja comigo o casal que vencerá o apocalipse
Nunca duvide daquilo que teu olhar não vê
Seremos ainda hoje a parte escura do eclipse.
Paz e guerra são coisas do mundo redondo
Nada sobrará da Terra depois do estrondo
A não ser nós dois caminhando pelo infinito.
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