CERTEZA, CHAMA E FOSSA
Trago mais uma postagem para a série que se aproxima do segundo livro da obra. Esta semana eu falo:
- do efeito das carícias da pessoa amada em A paixão em meu coração;
- da convicção que machuca bem dentro em Essa certeza;
- da ausência sentida e suas consequências no poetrix Hora da chama(da);
- da depressão de faz com que a gente não tem vontade de se divertir em Minha fossa;
- da imprevisibilidade da vida como força motriz para se viver em Não posso perder.
Aprecie sem moderação e se afogue em poesia.
Para eu te namorar sob um belo luar
A paixão no meu coração é soberana
A você eu estou preso, não vou negar.
Como aço de espada a me transpassar
Não havia rima ou respingo de poesia
Minutos eram cartas de jogos de azar.
E eu só tentava sobreviver heroicamente
O fim trágico do meu ser era tão ululante
Mas eu resistia a melancolia bravamente.
E do céu o amor em forma de anjo desceu
Junto com as dores as angústias sumiram
E a tristeza no meu peito do nada pereceu.
(rondel)
Sequer eu faço mais da minha
Eu procuro e não acho a saída
Eu só acho que já saí de linha.
E eu estou sempre de partida
Eu não faço parte da sua vida
Sequer eu faço mais da minha.
Minha força cada dia definha
Há melancolia em mim retida
Essa certeza é que me espinha
Eu não faço parte da sua vida.
(poetrix)
Sozinho, eu tomo vinho
Vazios me atrapalham.
(rondel)
Que me obriga a ficar em casa
Quem sabe ouviria uma bossa
Para esfria o coração em brasa.
E nenhuma alegria se alvoroça
Se não fosse essa minha fossa
Que me obriga a ficar em casa.
Ser feito se o tédio se embasa
É a vida me dando uma coça
Eu até faria da farra uma asa
Se não fosse essa minha fossa.
(rondel)
O que me mantém ainda vivo
É a incerteza se vai acontecer
Todo dia há um novo motivo
Para optar por dor ou prazer.
Minha escolha não tem crivo
O que me mantém ainda vivo
É a incerteza se vai acontecer.
Eu não meço a força do poder
Da jaula da qual eu sou cativo
Mas sei que não posso perder
O que me mantém ainda vivo.
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