quinta-feira, 1 de setembro de 2016

QUANDO SE FAZ (OU SE DESFAZ) A BARBA

Estou barbudo. Essa é a conclusão que chego sempre quando pela manhã ou pela tarde eu me olho no espelho.
Lembro-me de uma antiga música do Titãs. O título é Não Vou Me Adaptar. A verdade é que eu estou adaptado à barba grande.
Isso vem dos tempos de militância juvenil à esquerda. Bem à esquerda. Queria eu ser um Fidel, ser um Lula. E então deixava a barbicha crescer.
O tempo passou e até o PT foi se desbarbeando. Eu fui me encarecando e tendo o sacrifício triário de fazer, ou desfazer a barbar. Passei até a gostar do cheiro de menta do creme. A gilete gillete é melhor que outras marcas e prestobarba tem que prestar.
Mas sempre faço um pouco de lamúria antes da raspagem. Não vou dizer que a primeira faz tchan. Eu não gostava desse comercial na TV.
Mas o tempo continua passando e os homens estão começando a ficar barbudos de novo. Primeiro foi um tatuador lá de Colatina. Depois reparei que certos jogadores do meu segundo time, o Grêmio, e hoje um cara no Seminário de História e Cultura.

Fazer, ou desfazer, a barba pode ser desestressante para uns, apenas uma rotina para outros, mas para mim, ficar pela manhã, meio dia ou pela tarde, e mesmo na madrugada, diante do espelho, nesse momento T.F.B (Tentando Ficar Bonito) é um puta sacrifício que faço. Acho que adotarei a partir de hoje a onda dos neobarbudos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário