Atravessando a rua
Não sei qual a sua
Não sei qual a minha
Parece muito óbvio
Parece certidão de óbito
Parece que tá na hora de ovular
Atravessando uma crise
Ninguém disse nada
A cidade está calada
Na calada da noite
Parece uma dessas preces
Parece que ninguém presta pra nada
Nada se compara com o nada
Ninguém se compadece de ninguém
Ela presta serviços
Ele empresta dinheiro
Ela repensa sua vida
Ele se reprisa sempre
No fim a música acaba
No fim a poesia termina
No fim a gente se abraça
No fim a gente se extermina
Então, para quer ter fim?
Então, quem está afim?
Vamos por logo o último ponto
Vamos por fogo em tudo
Assim termina de vez
Assim quando já estive maduro
Assim que eu assinar
Assim que você me assassinar
Assim fica então
A faca fincada no coração
Não faça cerimônia
Encerra logo....
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