segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

EU TE CONVIDO PARA UMA VIAGEM



Nenhuma noite se parece com outra noite
Cada noite tem sua magia
Eu tento me embriagar
Da essência das noites de inverno

Nenhuma morte se parece com outra morte
Cada morte tem seu gestual
O último suspiro parece ser um hiato
Entre o que foi aquele corpo no mundo

Teu berro cinzento ecoando entre paredes de concreto
Eu sintetizo tudo como se estivesse remixando
Teu grito de horror diante de um inseto gigante
Teu grito de horror diante da podridão
Eu te compreendo
Eu te convido para uma viagem

Nada nesse mundo vale
A baba de um vagabundo pela noite
A moeda perdida pelo bêbado
A mão pedindo ajuda

Eu te convido para uma viagem

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