Pétalas de rosas
Entre as folhas do diário
Seca recordação
Teruo Tonooka
Estamos na nossa décima quarta pentalogia. A quinta após a
retomada. Sem compromisso, mas
prometendo esforço para editar um e-book com todas as antologias depois da
décima quinta.
Na postagem deste
domingo, o primeiro do mês de maio, mês dedicado às mulheres, que poeticamente são rosas, estamos trazendo 1 (rondel) e 4 (quatro)
indrisos.
PÉTALA I: O reconhecimento do homem que reconhece sua
condição de completa entrega a uma mulher que o conquistou ao conhecer seu
ponto fraco através do rondel do projeto RIMAS SOBRE TUDO.
PÉTALA II: Indriso que ala daquele momento que é preciso
parar e refazer os paradigmas da vida, arriscar-se em outras rotas. Mas antes
descobrir o motivo da raiva que mora dentro do peito.
PÉTALA III: O coração de alguém que reconhece na pessoa que
ama certa frieza e procurar encontrar o seu lugar na história do outro.
PÉTALA IV: Um indriso que fala do esquecimento de alguém que
deixou algo escrito é ninguém leu. A vida de vários escritores que foram
abraçados pelo anonimato.
PÉTALA V: Uma história a mais de um caso de amor por
conveniência versejada em um indriso que tem a marca do meu estilo. Assim
penso.
Vamos aos versos.
CORAÇÃO DELIRANTE
Embrulhe-o com todo o seu desprezo
Deixe-me dentro deste baú sufocante
Um fosso de solidão onde estou preso
Eu imploro por tua carícia necrosante
Arranque este meu coração delirante
Embrulhe-o com todo o seu desprezo
E meu universo parecia ser tão coeso
Mas o seu olhar mirou tão fascinante
Que te revelei o meu ponto indefeso
Arranque este meu coração delirante
E não entenda isto com descanso
Vai ser duro calcular as derrotas
Nunca naveguei por um remanso
Só tenho naufrágios em minha rota
Qual foi o seu erro, qual foi seu acerto
Para eu entender essa sua melancolia.
Dentro da sua folga, dentro do aperto
Para eu compreender essa sua agonia.
Está ficando perdido
Sob a poeira do tempo.
Não foi no altar ungido
Não se espalhou no vento.
Em meus braços você se sente mais segura
E nos momentos de prazer eu fico de fora.
A qualquer hora minha porta estará aberta
Mas quando o medo acaba você vai embora.
PÉTALAS SEMANAIS DE ABRIL
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