terça-feira, 5 de dezembro de 2017

OBRA - DECALOGIAS POÉTICAS

DECALOGIAS POÉTICAS nasce dessa mania de padronizar o impadronizável. Um tema na mente e daí germinam dez poemas e isso acontecendo em dez dias. Pensava eu em fins do ano 1996 quais os temas musicais, hoje no meu pen-drive tenhos pastinhas temáticas, que mais gosto. Assistindo Silvio Santos em seu Qual É A Música? reforçou a ideia. 
O poema que fica pairando no ar até ser fixado no papel;
O quarto, esse reino a parte onde reino ou sou servo;
A fábrica que nos empacota dentro de um progresso, ou regresso, que nos limita;
O sol, esse insolente que nos dissolve, ainda que na solidez;
O pensamento, esse sujeito que se ajeita dentro de nós e não cala sua matraca;
A cidade, um tema recorrente em minha escrita, esse labirinto que nos permite sentir solidão em meio à multidão;
O livro, mais que um bem material, é uma caixa de pandora que pode nos supreender;
A voz, seja a voz anatômica, seja a voz figural, essa latência nos impelindo a ir em busca do pão e da palavra de cada dia;
O fogo, que cozinha o alimento, que queima dentro quando há paixão, que incendeia as ideias em ebulição, move o mundo. Fogo de menos não resolve, o mundo fica frígido. Fogo demais acinzenta tudo;
A saudade, palavra restrita nos idiomas, mas que traz o passado de volta;
Dez temas que são como canteiros em que vieram germinar os poemas presentes nessa obra.

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