quarta-feira, 14 de junho de 2017

O PREÇO PELA PRIMEIRA VEZ - CAPÍTULO I

NOTA DO AUTOR: O Preço Pela Primeira Vez pretendeu ser a primeira história de uma suposta trilogia trágica: Trilogiando Tragicamente.   Seguido por A Última Reconciliação e Trágica Sedução, esta pequena novela não tem nenhuma pretensão de ser a melhor novela já escrita. É minha primeira história longa depois de alguns contos, que levo a um desfecho final. Não espere um happy-end, estou trilogiando tragicamente. É pra chamar atenção para o "animalismo" que cada um de nós carrega dentro do nosso ser.


CAPITULO I

            A sineta soou e Afonsinho despediu-se da sua colega. Em passos lentos, com semblante sorridente, cumprimentava fazendo um desce-e-sobe com a cabeça para as pessoas que passavam por ele.
            Entrou na sala de aula e sentou-se. Era aula de ciências. Daí a pouco a professora começou a falar de células e suas partes. Afonsinho bem que estava interessado em células. Em um conjunto de células que compunha o corpo de sua colega ao lado.
             Considerado lindo, atraente, provocador de sorrisos de todos os lábios femininos, por mais tímidos que fossem. Seu aproveitamento escolar era aluno mediano, sempre com nota necessária para ser aprovado. Mas por duas vezes, na oitava série, não tinha sido, por isso agora estudava no noturno.
            Ao dia Afonsinho trabalhava de balconista no comércio de secos e molhados de seu pai. Com dezesseis anos de idade, sabia a arte de conquistar garotas com seu olhar profundo e caridoso e com suas palavras doces e cativantes. Fazia derreter corações, mesmo os duros como pedra.
            Na escola, na rua, nas festinhas, era um sucesso diante do plantel feminino. Sempre era uma paquera diferente. Era Jaqueline, era Adriana, era Rosângela e tantos outros nomes. Mas não era de guardar nome. Era Almerita, era Erondina. Às vezes era loura, outras vezes, morena. Mas que diferença fazia? Nome, cor; isto não importava. O que valia era o momento, o prazer de estar com alguém. O lugar? Onde desse, onde encontrasse, onde começasse a rolar algum lance. Quantas? Contara apenas até a décima sétima... Depois as oportunidades começaram a se intensificar. Chegou a ser cinco em uma semana. E a vida foi sento entre trabalho, paqueras e um pouquinho de estudo.
            Teve dia de seu pai reclamar da presença indevida de garotas no estabelecimento.

        Nunca teve um namoro sério e duradouro e apesar de tantas paqueras, de tantas chances, Afonsinho ainda se mantinha virgem. A virgindade para ele não era como um câncer como era para alguns de seus colegas. Conservava ainda alguns princípios religiosos: Rezar ao se levantar e ao se deitar. Fazer o sinal da cruz quando estava passando em frente à matriz. Tomar bênção e chamar os mais idosos de senhores e senhoras. Não frequentava muito a vida da comunidade religiosa. O padre estava idoso e cansado, não atraia tanto a juventude. As missas eram verdadeiras ladainhas. Afonsinho chegou a ser coroinha. Mas desistiu logo. Somente de vez em quando ia à missa.


NOTA DO AUTOR: SIGA LENDO

CAPÍTULO 02

CAPÍTULO 03

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