terça-feira, 25 de outubro de 2016

A ÚLTIMA RECONCILIAÇÃO - CAPÍTULO 13


CAPÍTULO XIII

Dona Leontina acordou preocupada com a filha. Daria tudo para livrá-la de Nivaldo. O problema é que Marli sempre se derretia toda quando ele a pedia para que ela voltasse. Até parece que naquela rua tinha alguma coisa a mais que atraia Marli. Por instinto materno foi até a casa dela.

Parecia que não havia ninguém. O pequeno barraco estava imerso em um silêncio muito forte.

Empurrou a porta de madeira bruta e foi até o quarto. Quase não acreditou no que viu. Estendido na cama, inerte como uma pedra, o corpo de Marli já não respirava mais. O talho de navalha foi fatal. O pescoço branco está sob o sangue rubicundante. Controlou-se para não entrar em pânico. Não era o momento.

Chegou à delegacia quase sem fôlego. Relatou com dificuldade o fato. A única viatura policial da cidade dirigiu-se para o local do crime logo em seguida.

Esteve também avaliando a cena e o cenário Dr. Ramos, detetive novato na cidade, mas de renome no rol policial.

Feito as devidas observações e anotações, o corpo foi liberado para o sepultamento que ocorreu na tarde do mesmo dia.

Dona Leontina depôs de maneira tendenciosa. Pelo seu relato, Nivaldo era o assassino. Dona Leontina não estava sozinha em sua opinião. Todos desconfiavam de Nivaldo. Todos o incriminavam. – Só pode ser ele. Na certa descobriu algum caso dela com algum homem por aí. Comentava um. – Não deve ser isso não. Marli não dava canja para ninguém. Falava outro.

Leia os três capítulos anteriores: 101112

Nenhum comentário:

Postar um comentário