quinta-feira, 21 de julho de 2016

CURTA: A LABUTA- PARTE I


ROTEIRO DO CURTA-METRAGEM : A LABUTA
int/medium shot/ copa da casa de zé batista/ casa simples/ tarde de domingo

zé batista e mais cinco membros do grupo de teatro (dois rapazes e três moças) sentados na mesa da copa conversando sobre o filme que irão filmar daí a duas semanas.
ZÉ BATISTA
olha gente, está quase tudo certo. já falei com o cara do ônibus, da produtora e antes de ontem estive com o senhor que mora lá em cima.
moça 1
e os roteiros que você falou que ia nos passar? estão prontos?
Zé Batista enfia a mão em uma sacola de supermercado, tira umas sete apostilas e distribui para todos sobre a mesa.
ZÉ BATISTA
como vocês podem ver aí, eu mudei o nome do filme. Agora é A ESCALADA DA MORTE. Assim ficou mais direto, mais chamativo que TRAGÉDIA NA MONTANHA.
MOÇA 2
e os papeis, você mudou algum? ou vai ficar como combinado da última vez?
ZÉ BATISTA
mudei nenhum não. todo mundo vai fazer o que tem que ser feito, conforme combinamos.
rapaz 1
o que você acha, arrumar um revólver de brinquedo ou levar o do meu cunhado?
MOÇA 1
só vê com seu cunhado se ele não vai está trabalhando com a ferramenta no dia.
(todos riem da piada da moça)

Entra em cena Dona joaquina, mãe de Zé batista, vindo da cozinha com seis copos nas mãos, desses de extrato de tomate, distribui um para cada componente da mesa e volta para a cozinha.
ZÉ BATISTA
Olha gente, não sei o que vai dar esse filme, mas estou preste a realizar um grande sonho da minha vida, fazer um filme
MOÇA 1
vai dar tudo certo sim, seu bobo, esse sonho não é só seu não, é também o sonho da gente. Quem sabe um dia eu vou pra hollywwod.
dona joaquina volta da cozinha trazendo uma tigela de bolinhos de chuva em uma mão e uma jarra de suco na outra. Coloca tigela com os bolinhos de chuva sobre a mesa e começa a servir os membros do grupo de teatro.
dona joaquina
quando vocês forem para esse lugar aí, o tal de hollywood, não esquece de me levar pra fazer bolinho de chuvas pra vocês. Na minha mocidade, hollywood era nome de cigarro.
EXT/ JARDIM DA PRAÇA PRINCIPAL/ TARDE.

ZÉ BATISTA ESTÁ NO JARDIM DA PRAÇA, trabalhando de jardineiro, abaixado, podando um arbusto.
Em um banco próximo, Juvenal Dias, um senhor idoso com elegância discreta observa o movimento
levanta e vai até a mangueira, traz e põe para regar uma planta.
ao longe passa um ciclista, na rua, e grita;
CICLISTA 01
E aí Zé Batista, gostei do filme, cara. Bom pra caraí.
ZÉ BATISTA
que bom que você gostou.
(Juvenal Dias olha interessado para ZÉ Batista)
Zé Batista segue trabalhando. Momentos depois passa um traseunte e para perto de Zé Batista.
transeunte 01
Cara, seu filme é muito bom mesmo. Vocês filmaram num local muito bom. E você brigando com aqueles dois caras, como vocês fizeam esse filme?
ZÉ BATISTA
Rapaz, não foi fácil não. Mas realizei um grande sonho.
TRANSEUNTE 01
Quando sai o próximo?
ZÉ BATISTA
Sei não. Primeiro é divulgar esse que fizemos. Depois temos que avaliar se valeu a pena.
TRANSEUNTE 01
Me avisa quando sair o próximo.
Depois que o transeunte sai (de cena) Juvenal dias chama Zé Batista.
JUVENAL DIAS
(CHAMANDO ZÉ BATISTA)
Ei rapaz, tem um tempinho para conversar comigo?
ZÉ BATISTA
Pois não, o que o Senhor deseja?
JUVENAL DIAS
(Cumprimentando Zé Batista)
Boa tarde. Eu queria falar desse filme. Você fez um filme aqui em Mutum?
ZÉ BATISTA
Fizemos, eu e meu grupo de teatro. O filme se chama ESCALADA DA MORTE.
JUVENAL DIAS
Eu queria dar uma olhada no filme. Onde eu encontro?
ZÉ BATISTA
Na locadora. Mas se o senhor quiser, amanhã eu trago um  DVD para o senhor.
JUVENAL DIAS
Pode deixar que eu vejo uma cópia na locadora. Quero ver hoje mesmo.
(JUVENAL INDO EMBORA)
Então até amanhã.
ZÉ BATISTA
Boa Tarde pro senhor.

(AINDA EM TRATAMENTO)


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