domingo, 24 de julho de 2016

CORRA QUE A política VEM AÍ: 1.6

CORRA QUE A política VEM AÍ: 1.6.


Esse ano é ano de eleição municipal. Para a maioria dos eleitores, ainda está distante. Mas para os partidos políticos, não.
Os partidos já começaram a planejar as estratégias de disputas. Há uma corrida para vereadores. Cada chapa que disputará o pleito tem necessidade de pensar em um puxador de voto em cada bairro, ou distrito, no caso de municípios do interior.
Mas antes fica claro ao caro leitor que a ideia do título da crônica, o que pode vir a ser uma série, é baseada na conhecida sequência cinematográfica de comédia.
Política é coisa séria. Quando aparece um candidato na minha casa em época de eleição, eu digo com franqueza que vou ser sincero por que entendo que política é coisa séria. E dessa política não devemos correr. Mas a politica com p minúsculo, essa parece mais uma comédia, tamanha a cara de pau que alguns personagens dessa politiquinha, ou politicagem, para melhor ficar especificado de que estamos falando.
Em tempos de lava-jato, onde o partido que foi a esperança de tanta gente, acaba tendo desvendando um de seus esquemas de financiamento de campanha, o que devemos discutir não é a ética de um partido que, na verdade, se igualou aos demais. Mas o processo de financiamento de campanha. Isso, sim, é o que devemos discutir.
Hoje disse para um amigo: “Quer ver como vai aparecer dinheiro nessa campanha, Isso não é coisa para nós entrarmos”.
Todo esse processo corrupto e corrosivo da política no Brasil tem início na campanha municipal. O candidato a vereador, cargo mais competitivo da política, acaba gastando além do que pode e logo termina a campanha, está endividado. Ganhando a eleição ou tendo boa votação, fica com prestígio. Daí a dois anos aparece um candidato a deputado querendo apoio do dito bom de voto, e aí é hora de pagar as dívidas de campanha. Cobrando do candidato dinheiro em troca do apoio. Se o candidato a deputado A não pagar, o candidato a deputado B pagará. Nesse caso, o candidato a deputado, seja estadual ou federal, acaba fazendo caixa dois com dinheiro e conluio com as empresas, com consentimento dos candidatos majoritários. É na eleição municipal que é semeada as sementes da corrupção.
O eleitor, que esbraveja que odeia corrupção, mas não abre mão de pedir alguma ajudinha ao candidato a vereador, é conveniente nesse processo.
Para candidatos não corruptos, precisamos de eleitores não corruptores.


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