quinta-feira, 31 de maio de 2018

O CÃO DO FOCINHO VERMELHO


Carimbando meu passaporte
Eu penso que o céu pode se desesperar
Minha mãe pegou-me pela mão enquanto eu bebia leite de uma vaca
Que pastava
Que pastava
Enquanto a saudade de tudo martelava o mourão da cerca

A chuva que molha o terreiro
Despertando o aroma de solo fértil
Cio da terra?
Algo parecido
                                      Algo impensado
O cio da terra e aquela porca presa por uma corda velha

O terreiro está perdido em sua missão secular
Corto estradinhas para meu novo carrinho de brinquedo
Eu, menino
O terreiro tem a missão de ser vigiado pelo Tenente, 
O cão do focinho vermelho

Mas a tarde vai se acomodando sobre o pasto
No sítio que vive em minhas doces lembranças

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