CAPÍTULO XIII
Dona Leontina acordou
preocupada com a filha. Daria tudo para livrá-la de Nivaldo. O problema é que
Marli sempre se derretia toda quando ele a pedia para que ela voltasse. Até
parece que naquela rua tinha alguma coisa a mais que atraia Marli. Por instinto
materno foi até a casa dela.
Parecia que não havia
ninguém. O pequeno barraco estava imerso em um silêncio muito forte.
Empurrou a porta de madeira
bruta e foi até o quarto. Quase não acreditou no que viu. Estendido na cama,
inerte como uma pedra, o corpo de Marli já não respirava mais. O talho de
navalha foi fatal. O pescoço branco está sob o sangue rubicundante.
Controlou-se para não entrar em pânico. Não era o momento.
Chegou à delegacia quase sem
fôlego. Relatou com dificuldade o fato. A única viatura policial da cidade
dirigiu-se para o local do crime logo em seguida.
Esteve também avaliando a
cena e o cenário Dr. Ramos, detetive novato na cidade, mas de renome no rol
policial.
Feito as devidas observações
e anotações, o corpo foi liberado para o sepultamento que ocorreu na tarde do
mesmo dia.
Dona Leontina depôs de
maneira tendenciosa. Pelo seu relato, Nivaldo era o assassino. Dona Leontina
não estava sozinha em sua opinião. Todos desconfiavam de Nivaldo. Todos o
incriminavam. – Só pode ser ele. Na certa descobriu algum caso dela com algum
homem por aí. Comentava um. – Não deve ser isso não. Marli não dava canja para
ninguém. Falava outro.
Leia os três capítulos anteriores: 10, 11, 12
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