Sabores amargos em
bocas desiludidas
De onde saem canções
de revolta
E o menino pede mais
que uma migalha
Do pão que alguém
amassou por acaso
Senhores da guerra e
de toda miséria
Sentados em suas
cadeiras elétricas
Encadearam o mundo em
suas angústias
Para anestesiarem
suas sarnas mentais
Sinceros adeuses são
dados sob o vento
Varrendo os momentos inesquecíveis
Quando a mão tocou a
pele ressabiada
Entre o gozo e o nojo
de tanto desamor
Socaram as flores que
insistiram em existir
Sobre os papéis e contratos assinados
Para serem
desrespeitados ao aroma
De uma conveniência
que sopra sem avisar
Sussurros de algum
poeta do outro lado do muro
Acalentando os olhos
que já nada vê
Apenas houve a
realidade distorcida
Corrompida pelo
interesse da rede de tevê
Sussurros socando a
síntese de sabores esquecidos!
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