Quando a subida não
mais compensa
Quando a comida fica mais
densa
Quando ninguém mais
te pede licença
Quando o diálogo
termina em desavença
Será que chegou a
hora de fechar a porta
E de jogar fora o que
pouco te importa?
Ninguém mais liga
pelo jeito que você se comporta
Até parece que
ninguém te suporta
Quando a rota não
pode ser mais alterada
E tudo se esgota
antes da hora marcada
E a roupa desbota
toda vez que é lavada
E o ônibus lota antes
da passagem ser comprada
Será que é momento de
dizer aquele adeus
E marcar o
sepultamento para hoje à tarde?
Fui apenas
entretenimento em diferentes coliseus
Fui apenas fermento na massa que arde
Apenas a vida e o
latejar do impulso
A veia corrompida
sustentando o pulso
A última gota de
saliva ejaculada por instinto
A morte imperativa reina
no corpo já extinto
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