COLÍRIOS
Já é dia de amor e liberdade
Na calma cinzenta da cidade
Entre poderes e pudores
Há uma luz em cada peito
De transeuntes indefinidos
Sobre o concreto rachado
A cidade nos permite delírios
A cidade nos cega com seus colírios
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CALORES
Um mendigo pede um pouco de comida
Um amigo pede um pouco de atenção
Um perigo só precisa de um vacilo
Aperta a minha mão para sentir
Os sentimentos que guardo comigo
Os pressentimentos que me resguardam
Estou indo na direção certa
Enfrentando calores na estrada deserta
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A
CIDADE
A
cidade pulsa sob o sol,
Ninguém
liga para os ratos.
A
cidade é um retrato do caos.
Minha
rua é uma síntese
De
histórias entrelaçadas,
Páginas
inteiras amassadas.
A
cidade esconde palavras obscuras.
A
cidade pulsa em suas loucuras.
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