DA SÉRIE: DECALOGIA POÉTICA
SEM
FAROL
O
sol no céu
A
solidão no ser
Vagando
por Babel
Até
padecer
O
sol no ser
a
serviço
Para
satisfazer
O
próprio vício
E
o ser sente
A
falta do sol
Tão
ausente
Como
se fosse farol
Ser
sem direção
Sem
sal, sem sol
Na
imensidão
Da
solidão sem fim
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DIA
DE SOL
Era
dia de sol
E
você sorriu
Era
Sunday
E
dei a você meu coração
E
era um sorriso
Atrás
do sorvete
E
mais que souvernir
Em
um dia de sol
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CRIAÇÃO
...e
Deus fez o sol
E
fez o teu olhar
E
o sol fez o dia
Para
um dia eu te encontrar
E
o teu olhar fez minhas noites
Serem
eternos dias de êxtase
E
assim foi o gêneses...
OÁSIS
Assim
que o sol se põe
Eu
me prosto aos teus pés
Assim
que eu me perco
encontro-te
em êxtase
uma
frase, uma fada
uma
fábula de encantos
assim
que o sol se põe
a
solidão se vai
quem
quer amor
espere
o sol se por
e
busque outro oásis
neste
vasto deserto
denominado
cidade
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NOTÍCIA
Era
um sol
E
só
A
brilhar no céu
Do
meu ser
Era
um tempo
Que
tem
A
maldita sina
De
assassinar
Era
uma tarde
Que
não tardou
A
tocar a carne
Sem
alarde
Era
uma noite
Que
renovou
A
notícia
Sobre
o nosso amor
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AMOR
VIOLENTO
Esperei
amanhecer
Para
saber quantas feridas havia
Pelo
meu corpo
Teu
amor foi violento
Estiquei-me
todo
Diante
do sol forte
Para
evitar a morte
Dos
meus sentimentos
Estanquei
as sangrias
Para
que não fosse embora
A
essência do meu ser
Entre
aceitar-te
Ou
ir embora
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SOL
E LUZ
O
sol ilumina
O
lixo e
O
luxo
Que
não levo
A
solução
Em
solutos e solventes
Em
plena luta
Pelo
que é da gente
E
donde me desmancho
Feito
sonrisal
Sol
e luz em minas
Eu
não tenho ouro
Sol
que ilumina
O
que sou e
O
que estou
Precisando.
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COMO
PODE
Como
pode o sol
Ser
tua referência
E
um outro ser
Ser
a tua preferência
E
como pode a noite
Tardar
tanto
Sem
que eu verseje
Sobre
teus encantos
Como
pode a solidão
Ser
só uma ausência
Dos
teus carinhos
Ou
uma penitência
E
como pode a lua
Enxugar
meu pranto
Sem
que eu deseje
E
beije teus lábios de mel
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CORAÇÃO
ATLÂNTICO
o
céu está claro
o
sol está quente
teu
corpo claro e raro
não
sai da minha mente
o
céu está azul
o
sol clareia
teu
corpo seminu
na
areia da praia
não
saia da minha mente
não
vista a saia
teu
corpo escultural
se
bronzeia
na
areia da praia
do
meu coração atlântico
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HÁ
SÉCULOS
Olhei
para o céu
Dos
teus olhos azuis
E
vi o teu sexo
Derretendo
o gelo
Da
minha timidez
Descortinei
o véu
E
vivi séculos
Ao
tocar no ponto G
Da
tua nudez
Embriago-me
no mel
Toda
vez que mexo
Com
meu jeito
E
com tua lucidez
E
teu céu sem véu
Transborda
de mel
E
teu sexo há séculos
Mexe
comigo
E
o gelo do ponto G
Era
ponta de iceberg
Perdeu
o jeito de ser
E
eu
Tão
tímido
Tão
desnudo
Tão
lúcido
Não
tenho mais o que temer
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