Era pouco mais de duas horas da tarde quando o balconista
deixou a mercearia e seguiu para a casa ao lado. Bateu palmas e foi recebido
por uma moça sorridente que deixava transparecer a tentativa de ser gentil.
A casa era
realmente pequena. Possuía um banheiro que mal dava para se locomover dentro
dele, uma cozinha só com os moveis necessários e sala uma mesa envernizada com
quatro cadeiras mais a cama do irmão mais novo de Meire. No quarto uma cama de
casal e um guarda-roupa de duas portas com alguns cantos com o compensado
solto.
Os dois jovens
sentaram na cama da sala com a porta fechada.
Meire puxou
assunto:
— Quanto te
falei sobre os livros, esqueci-me que havia emprestado o pouco que possuo, só
estou com um aqui em casa. Ele está velho e rasgado.
— Olha, sabe
que eu não faz mal, eu vou ler assim mesmo.
— Afonsinho —
Meire começou a falar num tom meigo, romântico. — eu não queria que você lesse
apenas livros de romance. Eu preferia que você vivesse um romance, comigo de
preferência.
Surpreso,
Afonsinho a olhou mais atenciosamente e seu olhar perdeu-se na pele loira de
Meire, indo parar nos seus seios alvos que pareciam querer pular para fora da
camiseta.
Antes que os
maus pensamentos viessem à tona na cabeça de Afonsinho, sentiu em sua boca o
hálito de Meire com gosto de creme dental e o primeiro de vários beijos
aconteceu.
Poucos
instantes depois dois corpos nus fundiam-se ali mesmo na cama da sala. Pela
primeira vez Afonsinho recebeu tudo que uma mulher ousada pode oferecer em
momentos de excitação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário