terça-feira, 18 de julho de 2017

O PREÇO PELA PRIMEIRA VEZ - CAPÍTULO VII

Era pouco mais de duas horas da tarde quando o balconista deixou a mercearia e seguiu para a casa ao lado. Bateu palmas e foi recebido por uma moça sorridente que deixava transparecer a tentativa de ser gentil.
         A casa era realmente pequena. Possuía um banheiro que mal dava para se locomover dentro dele, uma cozinha só com os moveis necessários e sala uma mesa envernizada com quatro cadeiras mais a cama do irmão mais novo de Meire. No quarto uma cama de casal e um guarda-roupa de duas portas com alguns cantos com o compensado solto.
         Os dois jovens sentaram na cama da sala com a porta fechada.
         Meire puxou assunto:
         — Quanto te falei sobre os livros, esqueci-me que havia emprestado o pouco que possuo, só estou com um aqui em casa. Ele está velho e rasgado.
         — Olha, sabe que eu não faz mal, eu vou ler assim mesmo.
         — Afonsinho — Meire começou a falar num tom meigo, romântico. — eu não queria que você lesse apenas livros de romance. Eu preferia que você vivesse um romance, comigo de preferência.
        
Mais uma vez Meire não sabia de onde vinham as palavras.
         Surpreso, Afonsinho a olhou mais atenciosamente e seu olhar perdeu-se na pele loira de Meire, indo parar nos seus seios alvos que pareciam querer pular para fora da camiseta.
         Antes que os maus pensamentos viessem à tona na cabeça de Afonsinho, sentiu em sua boca o hálito de Meire com gosto de creme dental e o primeiro de vários beijos aconteceu.

         Poucos instantes depois dois corpos nus fundiam-se ali mesmo na cama da sala. Pela primeira vez Afonsinho recebeu tudo que uma mulher ousada pode oferecer em momentos de excitação.

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