Falar com as palavras
Brincar com as palavras
Prosear com os verbos
Aquecer-se nas noites de invernos
Com poesia da boa
Falar sobre o mundo
Faltar da escola na segunda
Fechar a porta e ir acordar
Para a fantasia mais sincera
Quem me dera ser a palavra
Na garganta seca do oprimido
Na garrucha velha do velho poeta
Alvejando o papel de vida
Rolar no tapete com os livros
Rosnar alto diante dos livros
Livrar-se das vestes e se acariciar
Exibir-se diante dos grilos da cabeça
Viver a beira do abismo da alma
Respingar-se pelas horas do dia escuro
Buscando um furo na parede do tempo
Entre páginas secretas e segredos desvendados
De mãos dadas com a dúvida mais cruel
Meu céu, meu sol
Um som florescendo no silêncio do jardim
Dentro de mim, bem dentro de mim!
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